Num terreno estreito e alongado, onde já havia uma casa, foi proposta a construção de um pequeno estúdio que tanto poderia ser usado como oficina de pintura como casa ocasional de fim-de-semana para os filhos dos proprietários.

O ponto de partida do projeto foi o lado financeiro, precisava ser um projeto economicamente viável com um apertado orçamento, estimado em cerca de setenta mil euros. Esse fator limitava as possibilidades estruturais e os acabamentos, o que significava uma premissa inicial muito clara:  trabalhar com as indústrias locais (se possível da mesma vila) e com soluções técnicas às quais  estavam acostumados, pois foram os tradicionalmente adotados nas construções típicas da região. Esta premissa deu origem ao trabalho com paredes de suporte de carga, janelas de alumínio de dimensões razoáveis e acabamentos convencionais, como rebocos pintados.

Nesta base, a casa-estúdio, com cerca de noventa metros quadrados, divide-se em duas zonas bem distintas: um espaço aberto que se abre para o exterior por uma varanda e um espaço mais íntimo, com dois quartos e uma pequena casa de banho.